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Mostrando postagens de novembro, 2012
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Por enquanto o instante está dividido entre apagar ou acender a luz do quarto. Cobrir-se de lençóis. Submeter-se. Arrepiar o pelo. A janela para o vento entrar. Frio no corpo. Calafrio. O silêncio que se entende. A penumbra que se movimenta...
Perigosas verdades das águas de onde venho. Nelas, muitas flores despontaram assíduas, desabrocharam, declinaram. Sou diabólica,sei. Nisso que faço, devagar e no silêncio -Com a paciência de um anjo. (O espelho outra vez) -- A aurora é um clarear de um céu, uma espécie de renovação. Outro dia, outra sexta‑feira, outro vinte de março, janeiro ou setembro. Uma vez mais o mundo desperta. As estrelas retrocedem e extinguem‑se. É mais sombria a separação das ondas. A neblina adensa‑se sobre os campos. O vermelho sobe às pétalas das rosas, mesmo à da pálida roseira que se debruça à janela de um quarto. Um pássaro canta. Os camponeses acendem as luzes das casas. Sim, é a eterna renovação, o incessante movimento. E também dentro de mim a onda se ergue. Cresce, arqueia o dorso. Uma vez mais sinto renascer em mim um desejo, qualquer coisa que vem do fundo de mim. Virginia Woolf

Não há nada que impeça a segregação do louco e do racional, nesse momento.

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Uma aurora perdida entre tantas que nem mais brilhava como tinha de ser. A vertigem era a libido que beijava o chão como a paixão de alguém faminto. Nada era como devia... Mas a razão Quieta por que era alheia. Era o que ela fazia o tempo todo.. Era música que tocava... música boa que embriagava a moça que dançava. Era o fato de nada ser nada e ninguém de ninguém. Era o medo. O puro. O medo do nunca. A razão dos meus sonhos voltou! Foi o que pensei no último gole. Era um sonho. Um traje novo. Uma benção! A razão que caía das mãos como areia... denotava a ampulheta do tempo que perdemos.
Julieta, se eu fosse... há se eu fosse. Vejo a lua e amo tanto. Venha a lua beijar minha face... Venha a lua mostrar o claro. Eu peço : Lua! E vem um vento de ar que espalha os minerais da minha terra e diz: Tá tudo bem. Eu digo sim... É o que eu posso viver. Doce lua da minha rua sozinha... acompanha-me até o amanhecer. Em meu coração permeia a beleza dos olhos que finge não me ter. E eu digo: Lua prata... dá-me um beijo de boa noite porque beber uma dose me faz triste demais. Eu quero o brilho do satélite universal. Quero você. Toca a pele do solto... do vago.. do poeta... Musica a nota faltante da música. Faz pleno esse ciúme do pensamento. É essa a virtude lunar. Pondera o ego do maior e faz o menor sonhar. Beija a boca do alucinado... faz ele sentir o gosto da lua. Assim como toda Mariana... Encerra essa peça de amor divergente. Seja meu quarto crescente, não sempre.